segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Supernova.

espirais de plasma incandescente
teus cabelos, ao redor de um rosto
devorado por sua própria luz,
metais semi-derretidos teus olhos,
sufocada pelas chamas do desejo
a tua boca ofegante
escrava de um grito mudo
que ainda me persegue.

Nesse turbilhão ardente
de um paraíso em chamas
eu vejo a tua alma colapsar
esmagando e aniquilando a tua solidão
na fornaça do teu prazer
no suplício alquímico que enfim
me entrega o ouro dos teus "sim"
ate que o sobressalto do teu gozo
na explosão de mil soles
não te espalhe na luz ofuscante
de uma supernova
devastando finalmente
al luas geladas
de tuas últimas reticências.

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