quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Il Silenzio.

il silenzio
ha sempre da scegliere
tra l'insignificanza
o l'indicibilitá
di una veritá assoluta.

domingo, 6 de novembro de 2011

In Tuffo.

giunto al culmine
del mio dolore
mi fermo

con un ultimo
piccolo rimbalzo
abbandono per sempre
le tue oscillazioni

in volo
guadagno alcuni centimetri
le stelle adesso sono più vicine
tra un istante lo sará anche il mare.

sábado, 5 de novembro de 2011

Darsi o non Darsi.

sempre ti dai
a chi non ti vuole
perché chi ti vuole
ti ha dato prima
che tu possa prendere
e ti ha prima
che tu possa darti.

Adeuses.

os seus adeuses
fecham um tempo
e abrem um outro
em sequencia
sempre iguais
como elos de uma corrente

prisoneiro de uma prisoneira
nem planejo mais
uma evasao impossivel.

Autarchico.

io poeta
come un ragno
costruisco la tela
dove mi catturo a mi divoro

in questo atto di autocannibalismo
io sopravvivo.

Onestà.

l'onestà è la spina dorsale di qualsiasi vera azione.
Il resto è solo ripudiante reazione.

Surfing.

ma dove vai?
con il tuo pensiero bidimensionale
veloce scivoli
tra le creste della mia superficialità
ignara delle mie profondità
di oceano primordiale.

Il Silenzio che Sei.

tu sei
il silenzio
da cui ogni mia parola
disacqua
e dolcemente affonda.

Un Libro.

non ti leggo più,

nessuno dei tuoi istanti
si fermerà più, aperto ai miei occhi
saldo tra le mie mani

come pagine di un libro chiuso
i tuoi momenti
resteranno l'uno sull'altro
sepolti vivi
nel piccolo spazio del suo solipsismo

in una oscurità stretta e silenziosa
si consumerà il cannibalismo
sapiente e silenzioso
del tempo.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Amor Esferico.

mais me afasto de voce
e mais te reencontro
as leis da geometria
me condenam a viver
um amor
que é ja um mundo.

Esquecer.

força,
me espalhe pelo quadro negro
do seu esquecimento
como o giz
de un calculo errado.

Tempo.

esse tempo é so espera
e essa espera
é o tempo daquilo que nao é.

Batata Frita.

frito em suas aversoes
os medos coagulam
na crosta crocante
da minha superficie
protegendo e escondendo
um meigo coraçao de amido
que suave e quente
em silencio aguarda
o seu proximo sorriso.

Gavião.

perdido o continente
eu ando sem mais andar
sem mais voce
sem mais direção e referencia
nesse azul intenso
o dia se confunde com a noite
a liberdade com a tristeza
tristeza de saberme gaviao
que nao tem mais onde pousar.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Mar de Inverno.

aguardarei o tempo
corroer a confusao do verao

para te ver
como um mar de inverno

deixarei que
a sua indisputada imensidade
inunde meus olhos
quebrando as barreiras
de qualquer separaçao

eu nao saberei mais
aonde o ceu se separas das aguas
nao saberei mais
aonde termino eu
aonde inicia voce.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sindicato Apaixonados.

reivindico
melhores condiçoes
para a minha precaria
condiçao de apaixonado
sem contrato

um cardapio
sem magoas
uma poltrona com estrutura de abraços
e tessido em sorrisos multicores
a janela ampla de teus olhos
para inundar de luz
a obscuridade
dessa escravidao.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Niente.

io sono io
io non sono niente
e tu sei solo l'altra,
l'altra di niente.

sábado, 8 de outubro de 2011

Uma Joia.

impossivelmente
te esperei

fui alem do tempo da minha vida
para recolher, num instante
a eternidade de un inextinguível desejo

numa perola fechei
toda a pureza
das minhas reconditas intençoes

e agora esse amor
como uma joia
ja adorna a sua pele
como todo o luxo
de una renegação.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Consequentia Mirabilis.

te neguei
mas ainda assim obtive voce

da sua mesma inexistencia
voce emerge

obrigatoriamente voce é.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Vacina.

num falso pranto
eu so choro
a imaginaçao de uma dor
que nunca consegue me pegar

faço isso
um pouco porque queria que me alcançasse
um pouco porque queria mantela afastada

tudo isso
é como tomar a vacina
de uma inexistente doença.

Que tristeza
que alegria.

Emergencia

Em caso de perda de um amor, e consequente despressurização, mascaras individuais de oxigenio cairao automaticamente. Puxe uma delas para liberar o fluxo. Coloque sobre o nariz e a boca. Ajuste o elastico em volta da cabeça e respire normalmente.

Por favor, coloque a máscara de oxigênio primeiramente em você antes de auxiliar crianças pequenas e outras pessoas que precisem de ajuda.

Sandwich

essa poesia
é pao
recheado de contingentes
intençoes

coma-o
possivelmente
sem garfos.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Bagunça.

A minha vida esta uma bagunça
queria um pouco de ordem

talvez sim
talvez nao.

Reparador.

quantas profissoes aprendi
para fazer os necessarios reparos

mil pequenas tarefas
para te tornar
invencivel
ao tempo.

Ferreiro.

com a indiferença
comprarei a sua dor

receberei, de cortesia
um amor

o guardarei, refem
acorrentado pelo aço de um silencio
que forjei na oficina da minha solidao
derretendo as palavras
"te amo".

sábado, 1 de outubro de 2011

Destino.

a sua vontade
é para mim
sublime destino.

Tratamento.

com a poderosissima quimica
do meu pensamento
trato os seus venenos
e mantenho limpas
as aguas onde voce
se espelha.

Perdida.

mas que amor
voce encontrará
num amor sem amor?

em que dourado ralo
voce dispersará
o seu tempo e
o batido do seu coração?

Imortalidade.

aprendi a nao morrer
aprendi a viver
tudo em volta
de suas facadas.

Mente e Coração.

Mas quem falou que a mente é fria?
A mente considera possibilidades, a mente tem duvidas, corre atras de explicaçoes e as explicaçoes vem daquilo que esta em volta, a mente sempre entra em relaçao.

Frio é o coraçao, nao considera nada alem das suas inexplicaveis convincçoes, fechado a qualquer voz, nao escuta nada e ninguem, passa por cima de qualquer coisa, inclusive nos mesmo para arrastar a gente com o movimento primitivo e brutal do seu andar vagabundo.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Fare e Disfare.

fare e disfare
è il tuo modo di amare
costruire e poi smantellare
sfuggire per poi cercare
perdere e poi trovare
illuminare per poi offuscare
respingere e poi abbracciare
partire per poi tornare
sapere e poi dimenticare
prendere per poi dare

amarti è come respirare
e senza te
io non riesco a stare.

Museu.

no espaço arqueologico
da sua indiferença
desenterro
os fosseis de um amor
que logo penduro
nas brancas paredes
do meu museu
de papel.

Na Floresta.

esse amor é uma floresta

na mata fechada
de suas indecidoes
me aguardam doces frutos
e venenosas mordidas

o que será de nossos corpos?

queimaremos em chamas
na obscuridade discreta de uma noite?

ou alimentaremos como petroleo
a mecanica histeria de futuros motores?

WWF

no espaço profundo
da minha armadilha
a sua caça e o seu dominio
sao a inocente ilusao
de poder controlar
a minha sombra
de bem intencionado
predador.

Matematica da Incompletude

um amor insuficiente
sempre machuca
com o negativo dos numeros que ainda faltam
para completalo.

Electricista Sideral.

para cada seu sorriso
acendi uma estrela

nessa noite
que é so a sombra
de uma sua perplexidade

a constelação remota da sua felicidade
ainda orienta
a minha navegação.

sábado, 24 de setembro de 2011

Apaixonarse.

Apaixonarse
é uma iluminante
tolice.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Rodando.

a noite
é uma periodica magoa

a terra chora
em estrelas
o temporario desaparecimento
do sol

planeta, pequeno astro
voce confunde o sujeito do abandono
inconsciente da tua propria
rotaçao.

Em Particulas.

sem dor
teletransportandome
com a tecnologia futuristica
da sua teimosia

desapareço
involuntariamente
na sua voluntaria
cegueira.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Suicidio.

voce conhece as razoes
da existecia minima
a sua discreção e a sua elegancia
sao o grau zero
da necessaria vulgaridade

a sua vida, o mais sublime suicidio.

Continuando.

as vezes sou tentado de dar uma continuaçao cientifica por cada poesia, seria como passar de uma imagem para a construção do objeto real, atomo por atomo, particula por particula.

Foto.

fotografo a sua eternidade
num instante
esse prazer é um flash
que ilumina uma verdade

nao feche os olhos.

Abelhas.

incompletos e confusos
retratos em letras
de mulheres que nao conseguem
manter a pose

escravas de uma vida
que corre sem parar
como abelhas
recolhem os polens das minhas flores
deixando ao tempo
a nao comestibilidade das petalas.

Guerra.

entusiasmados elementos
se expandem e definem
a manifestação de uma generosidade sobrenatural
nessa suave e coerente
luta de confim que é o seu rosto

rosto que ja nao contem mais
essa guerra que invade e devasta
em chamas
os campos adormecidos
da minha alma.

Defeitos e Qualidades.

a harmonia de seus defeitos
é a sua melhor qualidade.

Um Silencio.

esse silencio
é o rastro da alma
que me arrancaste

e que voce hoje guarda
no bau das coisas
que nao veste mais.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Dinheiro.

é verdade, o dinheiro nao te da a felicidade
mas pelo menos ta empresta.

Aos Antipodes.

vagabundo esse amor
anda por campos espumantes
e oceanos florídos

corrupto o acaso
com a minha poesia
acidentalmente te encontro
aos antipodes
dessa inexistente comunhão.

Paraiso Enlatado.

te reviro incessantemente
nas minhas maos
concentrado e serio
procuro a lingueta
do paraiso enlatado
que voce é.

100°.

na sua espera
cozinho que nem uma batata fervida
na lembrança de suas palavras
eu rodo e rolo
empurrado desordenadamente
entre emoçoes que sobem como bolhas

me descasque no jantar.

Crucificado.

atroz e cruel
o seu olhar
me passa
como prego
e ja prende os meus braços
na aceitação irreversivel
do destino
que voce é.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Quando Voce Viaja.

o mar ja preenche
a distancia entre nos

resguardam o nosso amor
essas aguas
que logo afundam
tudo aquilo que atravessa
o caminho reto da nossa saudade

saudade que corre
como vento
a tocar em ondas
os soluços dessa doce magoa
que voce,
como chave a esperar o seu regresso,
guarda secretamente
no meu coração.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Fazendo Caffé.

fazer literatura é como fazer caffé,
e a poesia é um expresso.

Ressurreição.

os meus abismos de tumba
sao ja ceu
ao clarao de seus olhos
eu nao acho mais
o meu corpo.

Oceano.

de toda a aridez
do meu andar solitario
voce destila
aquela unica lagrima
que para as areias da minha alma
é ja oceano.

domingo, 11 de setembro de 2011

Pescador.

como um mudo grito de saudade
lançarei o meu arpiao de letras
para o teu peito

Sereia
dos meus desconhecidos mares
ate mim eu te trarei
sangrando a paixao que voce nao canta
nesse barco
que anda e flutua
como perdida alcova.

Silogismo do Desespero.

a vida é um caminho sem sentido
amarte tambem é
amarte é vida.

Esporte Extremo.

A poesia é
o esporte extremo
da alma.

Vinho.

no setembro
da minha vida
andei pelos terraços da minha alma
e recolhi o meu amor em cachos

no carvalho dos nossos abraços
o suplicio da sua espera
ja se transmuda em vinho

no inverno da minha ausencia
guarde esse meu sentimento tinto
nas adegas empoeiradas de seus anos

beba dele
para acender as lembranças
e para esquentar suas maos
quando no frio de um amor que nao é mais
as horas cairao como neve
lentas e silenciosas,
lentas e silenciosas
como lagrimas.

Un Pesce.

nel proposito di raggiungerti
squame e pinne mi son cresciute
e adesso che accidentalmente ti incontro
io mi dibatto goffo
tra le sabbie che mi offri.

Una Boa.

il mio pensiero
una boa di plastica
colorata e vuota
que mantiene a galla la mia agonia
senza senso
in questo naufragio esistenziale
senza senso.

sábado, 10 de setembro de 2011

Trilhos.

eu e voce
dois percursos paralelos
duas vidas que nunca se encontrarao
os trilhos poeticos
onde corre o trem
que carrega o ouro
do nosso tempo.

Quanto Tempo.

quanto tempo
sobreviverei sem amor?
Ah poesia, com o seu forte vento
me leve para longe
afogue em suas aguas
essa sede que so da sede
me rode e me arraste com suas palavras
ate me dar tonteira e vertigens
confunda os meus sentidos
desperda o meu coração
num oceano sem praias.

Lago.

te aguardo
como un lago
no abrigado silencio
de tuas alturas
entre as verdades solidas
de tuas montanhas

a paixao do seu respiro
ja queima os secos arbustos do seu passado
preparando as tuas terras
aos beijos de minhas gotas cristalinas
e ao triunfo da sua verde ressurreiçao

venha para mim
deixa que a as minhas maos
em ondas suntentem e levantem
a sacralidade do seu corpo ao ceu

e depois como nuvem, como rio
desça e desague em mim
me encontre e se encontre
na sinceridade dessas aguas
onde tudo termina e tudo inicia.

De noite.

o ceu da noite
ja se estendeu
a proteger a luminosa paz
de teus sonhos

so vislumbro a tua luz
nos rasgos desse antigo cobertor azul
nos brilhos das estrelas
que ainda me sussurram os teus segredos

e nesse acalanto
eu deito e te aguardo
como uma manha
para que seus olhos abram
a emprestar a luz
ao novo dia.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Ossos.

so hoje que voce
reconheceu o corpo
de um amor
que so existiu
na candura dos ossos
da minha poesia.

Grutas.

na fenda
de uma pequena mentira
precipitam todas as minhas aguas

o claror das minhas nuvens
nao mais acompanha
um sentimento que
fluido se perde
na obscuridade subterranea
das tuas inextricaveis grutas.

Sintoma Manifesto.

os anticorpos da tua autarquia
ja agrediram o estupor da minha poesia
o seu vacuo sorriso
é sintoma manifesto.

Asfalto.

a poesia rola e se disloca
entre eu e voce
e essas letras
sao somente
asfalto.

Fortaleza sem Sentido.

eh sim...
voce acorda e percebe
que tudo permaneceu no dia anterior

uma noite sem sonhos
é um fosso que precipita e obscura
os percursos que poderiam te levar
para aquilo que ficou atras

e uma janela covarde
te entrega
a luz impiedosa de um novo dia
iluminando a sua miseria
de fortaleza sem sentido
sem mais nada a proteger.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Timidez.

o rosa que ilumina
as maças do seu rosto
é so a aurora
de um amor
inevitavel como o dia.

Escolha.

Ou a onipotencia ou a morte!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A Louça.

hoje a louça esta brilhando
trofeu de uma noite
que conseguimos ganhar da vida.

1987

Amo tudo aquilo que foi produzido em 1987.

Teus Beijos.

os teus beijos
nao pagam
a alma que me roubaste.

Rasgando.

eu faço poesia
nao costuro palavras
eu as rasgo
para mostrar a pele clara
de uma verdade.

Nesse Feriado.

para me reecontrar
nao preciso viajar,
preciso que os outros viajam.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ateismo Narcisistico.

Sou ateo somente quando estou com baixa autostima.

Como uma Arvore.

viro-me para o ceu
e com a alquimia que
o seu respiro me sugere
transformo a luz em madeira

te protegerei assim
dos ventos do inverno
e do calor do verao

alimentarei os frutos
que te alimentarao
dia apos dia
estaçao apos estaçao

so para te ver
dormindo
aos meus pes
com ao seu lado
os caroços que
voce deixou aguardando
como promessas de amor.

A minha razão.

a minha razao é
o advogado filho da puta
do meu coraçao vagabundo.

domingo, 4 de setembro de 2011

Ulisse.

navego
por suas assombrosas ondas

enfrento as ameaças das suas difidencias
que surgem como rochas
das aguas espumosas da sua oposição

ja dilacerou as velas da minha paz
o vento da sua teimosia

a luz do amor que voce nega
é um farol escondido
entre as nuvens pretas de uma tempestade
que mesmo assim nao me segura

pois, alem dos trovoes
eu sempre escuto
o chamado encantador da sua alma
que me acorrenta e me puxa
inexoravelmente ate voce

nao tem como
em sua direçao avanço

eu, Ulisse em teus mares.

sábado, 3 de setembro de 2011

Provas Tecnicas.

com voce
as provas tecnicas
de um amor a vir.

Il Maestro.

dissolva a sua inexperiencia
no abrangente espaço da minha determinação

consagre a escravidade da sua atenção
a dança dos meus movimentos

entregue as suas açoes
aos amplos gestos dos meu braços

acompane as minhas maos
em ondas
tecendo em gloria
todas as suas notas

a sua barroca inocencia é um papillon branco
no frac dessa minha poesia
eu, elegante maestro
do seu armonioso abandono.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Parteiros.

eu extraio poesia de voce
para que voce possa extrair voce
da poesia.

Jardineiro.

trabalharei sem pausa
entarrarei as folhas secas do seu passado
para que os segredos dos fungos fortaleçam as suas raizes

semearei os meus abraços
para que cresçam arvores grandes e fortes

regarei seus timidos sorrisos
para que virem girassois

trarei
as borboletas coloridas dos meus sonhos
o canto dos passaros dos meus assobios
e a imensa felicidade do sol
que ja nao seguro mais no meu coração

eu, jardineiro da sua alma.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Rima Alternada.

Voce é
a doença e a cura
nesse amor
que eternamente perdura.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A sua Juventude.

desborda em mim
a sua juventude
inundando as terras secas
da minha espera

suas aguas frescas
acordam as sementes adormecidas
dos meus sorrisos

os dias que virao
sao peixes
e neles ja brilha fugaz
a minha felicidade.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Uma Cometa.

quero passar para essa vida
como uma cometa
e deixar no ceu de quem virá
em açoes
em letras
tudo aquilo que sou
despedaçando a minha existencia
num rastro de lucilante poesia.

Divinidade a Deriva.

anjo perdido
divinidade a deriva
no ceu de seus olhos
ja voa, sem regresso, a minha alma
e nos meus ja resplende inextinguivel
a luz paradisiaca do seu sorriso

fique aqui comigo
deixe que as minhas pernas sejam montanhas
e os meus braços suas eternas asas.

domingo, 28 de agosto de 2011

PMCP

Platonismo materialista conceitual pragmatico.

Suas Pernas.

e sua pernas
em volta de mim
sao braços
sao tenazes
sao azas

sao as imensuraveis pontes
entre a vida e a morte
aonde suspenso
me perco e me reencontro.

sábado, 27 de agosto de 2011

Na sua Nuca.

meus dedos
como caçadores noturnos
se movimentam
lentos e flexuosos
na encantada floresta da sua nuca

procuram
incansaveis
em cada espaço
o mel que
as abelhas de seus pensamentos
extrairam
das brancas flores
da minha ausencia.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Amor Pre-Pago.

acabei o credito
nao consiguo ligar
para a minha alma

aguardarei a recarga
de um seu sorriso
nesse amor pre-pago.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Outono. (2)

e esse silencio
é o espaço que sobra
quando o vento arrasta
o outono de uma verdade.

Avesso.

ela se atira
com o medo
que é o avesso
da sua titanica coragem

depois recua
com o movimento
sinuoso e enganador de uma isca

caçador perdido
a sua perseguiçao
é o avesso tambem
do seu destino de presa

e nessa dança
ao contrario
eu sou so alimento.

Lamina.

a sua descrença
corta como lamina
as carnes de um amor
que derramam vibrantes
o sangue sacrifical
de uma ilusao.

Vivo ou Morto.

esse amor
nao tem lei
é inicio e fim
é tudo e nada
é o dia na noite
e a noite no dia

dele eu ja fiz
o retrado falado
em poesia

e continuo soltando letras
como mercenarios sem escrupulos
porque
mesmo assim eu o quero
vivo ou morto.

Sim.

diga sim!

me abraça
e precipita comigo, em circulos
num espaço sem fundo
num tempo sem fim
nos seremos o espaço
nos seremos o tempo
nos seremos
o amor que tudo gera e que tudo é

diga sim...

Cha.

esquentei com o calor
do seu ultimo abraço
as lagrimas que recolhi do seu rosto

ja baixei nelas
o sachê onde guardei
todas as palavras de amor
que nao te falei

assim, longe de voce
eu estraio a sua essencia,
e o seu aroma sutil
ja pervade
todo o meu corpo

nessa noite
que é uma chicara preta
se recolhe em cha
o delirio de amor
que voce me causou.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Logo atras da Noite.

nao importa quanto extenso
será o tempo da sua esitação

eu estarei aqui
alem do seu medo
logo atras da sua noite sem lua
e sem estrelas

como sol eu te aguardo
para inundar e alimentar
com a veemencia do meu olhar
os campos fertis
da sua felicidade,
nos dias que ainda te esperam.

Farrapo.

esta alma
sem voce
nao é mais vela
mas un farrapo
crucificado e esquecido
nas aguas em agonia
de um mar abandonado pelo seu respiro.

Sentir Matematico.

levou com voce
a minha poesia
e para mim
so soubrou a carne crua
da minha racionalidade
e nesse sentir matematico
voce é un numero primo.

domingo, 21 de agosto de 2011

de Mim.

e agora
que consegui te proteger do mundo
so faltará conseguir te proteger
de mim.

Um Sortilegio.

amar voce
é inacreditavel sobrevivencia

é extrair agua de uma pedra
luz de um poço
fogo do gelo
palavras do silencio
voce do nada
que voce é.

Dalla Tristezza.

immergerò le mie mani
nella tua tristezza
e ti ruberò un sorriso
per fartene dono.

Outono.

no outono da sua indiferença
as sua ultimas palavras de amor
sao folhas mortas

e esse tapete
de silencio macio
cobre
a guerra microscopica e canibalesca
dos meus pensamentos
que lutam entre eles
para te matar
e para te manter viva.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Big Bang.

em voce,
espaço e tempo do todo o meu almejar,
a explosao caotica e primordial
do meu esperma.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Guardião Nocturno.

respirando o seu respiro
guardarei a fragilidade da sua alma
no meu peito

eu, guardiao nocturno
te protegerei
no tempo do abandono
nas horas onde mais nao reina
a luz beatificante
de seus olhos.

Passaro.

entre os campos floridos do seu rosto
e a floresta dourada de seus cabelos
a minha mao é ja passaro
procurando abrigo.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sem Propriedade.

A poesia nao é de ninguem,
sao as pessoas que sao da poesia.

Borboleta Preta.

borboleta preta
noite da minha razao
a luz dos astros resplandece em fe
nos seus olhos
que sao a lingua
de um universo amordaçado.

Padeiro.

a noite de seus olhos
deita e adormece as montanhas

o branco da lua eu roubo
para vestir a minha alma de padeiro

e com a força dos meus braços
amasso todo o amor que tenho
naquela poesia que ja te espera
como pao fragrante
no amanhecer do seu sorriso.

In Utero.

nao chore para mim
para a minha irresoluvel solidao de poeta
na poesia eu aguardo a morte
como nas aguas do meu utero materno
sozinho, aguardava a vida.

domingo, 14 de agosto de 2011

1/x

tudo em fração...

tempo
afecto
carinhos
beijos
telefonemas

esse amor é so um percentagem
um punho de trocados
que nao compram o absoluto

e essa poesia que voce recebe
nao é uma compra parcelada
mas a prova, numa colher de cha
do infinito que voce desconhece.

Desafios.

sempre gostei de desafios e um dos maiores é conseguir extrair poesia de um ser tao pragmatico quanto uma mulher.

Galinhas.

no espaço franco
de uma metropoli rural
se expande a tagarelice das galinhas

e na emoção que a sua voz me da
ja frita o meu coraçao
como um ovo caipira.

Eu e Você.

eu e voce
fazendo poesia
voce com o seu timido silencio
e eu anotando as letras e as notas
do seu canto imperceptivel.

Perfeita.

perfeita
na imaterialidade da sua distancia
confusa e impossivel
na direçao da sua inexistente posiçao
desdobro os meus intentos
intrelaçados com todas as letras
que o infinito desse vacuo contem.

Absurdo.

absurdo gera absurdo.

sábado, 13 de agosto de 2011

Antiga Moeda.

como uma antiga moeda
voce guarda no seu bolso
esse meu amor
que nao compra nada,
mas que te segura dos ventos arrastantes
com o corpo consistente e metalico
dos anos que ja guardei.

Ilha.

adiciono mais amor
aonde mais amor nao cabe
e desborda esse meu sentimento
em sua volta
voce, inalcançavel ilha
num impraticavel oceano.

Penso, ajo, penso...

mais forte do pensamento
quero te dar palavras
mais fortes que palavras
quero de doar açoes
mais fortes que açoes
quero te dedicar o pensamento.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Bebado.

volte logo
pois a poesia
que destilo dessa nossa distancia
ja nao basta mais
para alimentar a embriaguez
que voce me causou.

Aranha.

dispor em fios
a oscuridade da tinta,
eu teço em mil palavras
a tela incorpórea
que te segura a mim.

Labirinto.

eu e voce
perdidos na ruas sem nome
de um sentimento labirintico.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Vício.

uma necessidade sem razão
sem fim
sem esperança
voce é a carne do vício

de um vício que é vingança
de uma vingança que é desejo
de um desejo que anda
como uma bala perdida.

Narração.

no tempo que te aguardo
desbordam em mim
o passado e o futuro
de uma narração
sem começo e sem conclusão.

Nua.

e quando pensava que
ja estivesse desaparecida
entre as estrelas da noite
te reencontrei, nua
na inevitavel prepotencia de um amanhecer.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Num Canto.

continuo te amando
com um canto de mim
que navega perdido
no quieto mar do seu silencio.

Ondas.

e seus olhos
que se baixam e se levantam aos meus
vao e vem da minha alma
em ondas
invadem e vivificam
as areias
que sem voce
so seriam deserto.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Metabolização.

O maior problema nao é comer uma mulher,
o verdadeiro problema é matabolizala.

Alergia.

preciso
de uma impuridade
um corpo estranho
preciso de uma mulher
para agregar os meus sentidos
para colocar em volta dela
a minha reaçao alergica, em letras.

Tocar.

Queria tocar uma alma,
acabei tocando um peito.

Vitamina.

de noite
bato as minhas contingencias
numa vitamina de pensamento e emoçoes.

Sono.

ainda alguns instantes
vendo voce
onde voce nao está

ainda alguns instantes
antes de fechar os olhos
e dormir
un sono
sem o sonho
que voce é.

Flor de Corte.

e essa poesia
ainda te sobrevive
ainda por alguns dias
efemera e inconsciente
como uma flor de corte
alimentada pelas minhas ultimas lagrimas
no vaso da sua ausencia.

domingo, 7 de agosto de 2011

Dança.

E a essa dança
que foi so de um instante
segue uma reverencia que
no futuro das minhas lembranças
é ja eterna.

Vende-se.

Vende-se poeta
troco com contador sem calculadora
ou advogado com lingua presa.

Oscilações.

e esse amor
que nao é verdadeiro
é tao instavel
quanto um barco numa tempestade

me seguro as cordas bambas da realidade
e vomito ja, todas as minhas esperanças.

sábado, 6 de agosto de 2011

Spaguette ao Pesto.

preparei um spaguette ao pesto
e compensei a sua anunciada ausencia
com mais queijo parmesao.

Impossivel Egoismo.

a poesia é sempre um ato altruistico
mesmo que a se faça para si mesmo.

Ramadan.

parado,
com fome e com sede
te aguardo
nesse tempo que sem voce
é tudo um ramadan.

Deslocando.

fazer poesia me emagrece
desloco a minha vontade anabolica
dos lipidos para as letras.

Sobrevivendo.

inspiro
mas depois espiro
a incoerencia
é a base de qualquer sobrevivencia

Prostituição.

continuo me prostituindo
usando meus orgaos sentimentais
para o gozo futil de desconhecidas
que me desconhecem
recebendo em pagamento uma poesia
que é um cheque pre datado
para a mulher que dorme e me aguarda
alem da minha noite existencial.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Idade Media.

Acabei de sair
da idade media
de um amor sem feudo
para me reencontrar no aroma iluministico
de um caffé sem açucar.

Uma Rosa.

brota do seu sorriso
uma promessa, como uma rosa

petalas aveludadas

é a sua pele que se desgasta ao desejo,
é o naufragio dos meus labios,
sao as horas crespuscolares
de uma intimidade que se esconde ao tempo.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Costruendo la Realtá.

la poesia non insegue la realtá
la poesia è un ponte
che porta la realtá
ove questa non esiste.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Orquidia.

Te tolero como tolero uma orquidia.

Eroe.

Sou fascinado pela postura eroica dos meus indiferentes mamilos.

Areias.

E quando voce
estará acostumada e indiferente
a toda essa poesia
nenhuma lagrima mais
sobreviverá
as suas areias

mais nenhuma flor
mais nenhum fruto
brotará da sua dor

mas eu saberei
que abaixo do seu deserto
existe uma lagoa esquecida
onde o infinito se espelha
na lembrança de um amor
que ja passou.

Navegando.

e toda essa poesia
é a vela e o vento.

Uma Esfinge.

como uma Esfinge
voce protege seus segredos
divididos em compartimentos
feitos de ar
leves
incrivelmente capazes
de segurar nas ondas
o aço do meu pensamento
que sem voce afundaria
numa profundidade sem luz.

Um Sol.

como um sol, voce
passa, sem parar
num dia que nao consiguo segurar
e uma noite que é so espera.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Solo Scienza.

non hai piú segreti
che la mia poesia possa inseguire
quel che resta di te
è solo scienza.

Cabala das Noites.

nao uma noite
nao 1001.

Amor Surgelado.

esfriei rapidamente um amor
com o frio dos mal-entendidos
concentrado na espaço restrito de um instante
para guardalo melhor do deterioramento
que sempre acompanha
os dias mornos.

esfriei rapidamente
esse amor que agora entrego
para um futuro que so enxergo
nos numeros de uma matematica
que nao entendo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Yogurt.

Do nosso amor,
so sobrou
um yogurt na geladeira.

Oblio.

voce estava la,
em espirais,
braços e cabelos ja agaravam as minhas mais evanecentes intençoes
e me traziam para voce
de forma lenta e inesoravel
eu, a vitima sacrifical de uma mistica e desconehcida celebraçao
com a consciença residua que sobrava em mim, decidi dedicar os meus ultimos intantes a contemplaçao da perfeiçao da armadilha que voce é
e me abandonei ao destino do meu oblio nos escuros abissos de suas pupilas sem fim.

Punto.

.

domingo, 31 de julho de 2011

O Fantasma.

um fantasma entre fantasmas
sem voce
eu vagueio
entre corpos evanescentes
procurando a sua alma
que perdi ha pouco
num lugar desconhcido
entre nossas bocas.

Algebra.

senza te
si delinea lo spazio algebrico della sofferenza
alla sete di te
si moltiplica la sete di saperti con sete di me
l'insostenibilitá di un infinito negativo
si raccoglie nella circolaritá
di una disperazione autarchica
rivelando una equazione che ammette
come unica soluzione
il collasso di ogni nostra separazione.

sábado, 30 de julho de 2011

Multas e Juros.

quero a sua presença
com multas e juros,
te colocarei na justiça dos sentimentos
tirando de voce todo o amor
que ainda nao tem.

Homeopatia.

passando, sem parar
uma manifestação homeopatica
da minha sabedoria
arrastada bem longe
pela potencia explosiva da minha idiotia
correndo atras de suas perplexidades
como um galgo corre atras de uma falsa lebre.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

No Banco.

o dia ja acabou
o frio entorpece a minha inocencia
como coberta usarei
um promessa que ainda nao chegou
estou acostumando a fazer dividas existenciais
no banco do meu futuro.

Sem Respiro.

esmagado
no espaço inexistente
entre uma ipertrofica poesia
e uma realidade que é so osso

brotam de mim
as ultimas gotas
de uma esperança
que na sua ausencia
ja congelaram em ilusão.

24 Horas.

autarquica beleza
as minhas esperanças, somente luas efemeras
de voce, planeta
centrado na constelaçao das minhas intençoes
a 24 horas de viagem do meu passado

sem oxigenio, voando em sua direçao
numa orbita de imaginaçao e vontade
chegará o meu amor
que é tudo flores e abelhas

em breve povoarei suas terras
com florestas de silencio
e as minhas raizes em voce
serao o meu berço e a minha tumba.

voce é vales e montanhas
e a transbordante vida
que me dessedenta e me afoga

eu reivindico voce,
meu unico direito di infinito.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Dois Mundos.

pela promessa do teu encontro
atraversei as inconsistentes areias
afundando passo por passo
as contingencias que me levaram ate voce

nas lagoas aridas da minha solidao
deixei o reflexo das ilusoes
que delineavam a tua impossibilidade

os dias sem voce
secaram os meus labios
fecharam a minha garganta
e o seu desconhecido nome
guardei em mim
como um grao dormente

mas agora que cheguei
em tuas aguas
reencontrarei as lagrimas e o suor
que entreguei as nuvens
para te encontrar

e desse grao que guardei
gerarei a plantação
que alimentará o nosso amor.

Pra Dentro.

O que sobra de mim,
depois que meus olhos careciam seus labios?

o que sobra de mim
quando traido pela maciez do seu nariz
inesperadamente precipito
no abismo de seus olhos?

O que sobra de mim
se nao que duas palavras sem voz
um grito pra dentro
um ultimo e desajeitado movimento
em direçao de uma caida sem fim
num espaço onde ja joguei
como moedas, as minhas ultimas reticencias
apostando toda a miseria que ganhei
numa vida sem voce.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Olhos.

em seus olhos
afoga a minha cegueira.

So Voce.

em mil fragmentos
precipito em suas iris
sem mais unidade
sem mais ter onde me segurar

como num big bang ao contrario
colapsam em voce
como estrelas apagadas
todas as antigas ilusoes

permanecendo so voce
voce e so voce
origem e destino
de todas as verdades.

Delgada.

a sua beleza
emerge delgada
divina condescendencia
salvifica redenção
para cada pedacinho desse mundo

e nesse espaço que so ve a sua luz
o silencio é ja um amor
que perdeu todas as palavras
como uma flor perde suas petalas.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Aparição.

vocé esta
suspensa
alguns centimetros
acima do chao
e aquele espaço tão restrito
é o abismo desconhecido
onde corre o infinito da metafisica
que eu venero.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Eu, Domingos Martins.

a sua presença chega para mim
como a milagre de uma manha
entre as montanhas e a chuva dos meus anos
passa a luz vivificante de um novo dia

e sinto evolarse
das minhas infinitas maos
as lagrimas da noite
agora ja nuvens
procurando o horizonte de suas pupilas.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Vomitando Socrates.

Eu nao sei de saber.

Una mina vagante.

Io sono,
una mina vagante,
dilaniando cuori dilaniati.

Um mundo melhor.

Acredito seriamente que uma castração coletiva possa tornar esse mundo um mundo melhor.

Nausea.

Rifuggo la superficie
la dove, il movimento banale delle onde
causa una insostenibile
nausea esistenziale.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O gosto.

O gosto é a expressao mais alta da moralidade.

Onanismo existencial.

Nao tenho nenhum interesse por mim.
Nao tenho porque nem poderia ter, sendo impossivel nao so me identificar mas comprovar-me a minha existencia.

Qualquer forma de autoreferencia do ser para si mesmo é paradoxal,
puro onanismo existencial.

Cega perversao.