Quem sabe o porque dessa condanna
da gente se encontrar sempre fora de nos
na comprensao do incompresivel, no amor, num filho.
Parece que existe um alicate invisivel e maldestro
que nos destampa, lentamente e inesorevelmente
para a gente ser deramada nessa vida
evaporando, num processo lento, que voce nao tem como entender
para depois so permanecer a lembrança translucida de uma garafa vazia
e a esperança infantil de encontrar a rolha em algum lugar.
domingo, 31 de maio de 2009
Tra i Venti.
in balia dei venti
come sempre
con la tua esile figura
insegui e sfuggi l'inesistente
in un sogno che vale più della realtà.
come sempre
con la tua esile figura
insegui e sfuggi l'inesistente
in un sogno che vale più della realtà.
Nel Buio.
piccola come sei
ti muovi tra le tenebre
invisibile alle ombre che pur fuggi
erri tra le tue oscurità
cieca alla tua propria luce
mentre io ti raccolgo nel mio sguardo
lucciola ed astro
di una infinita promessa.
ti muovi tra le tenebre
invisibile alle ombre che pur fuggi
erri tra le tue oscurità
cieca alla tua propria luce
mentre io ti raccolgo nel mio sguardo
lucciola ed astro
di una infinita promessa.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
A Geladeira.
nascimento,
vida e esperança,
amor, luta, despero e morte
estao acontecendo agora
longe de mim
tem alguem la fora matando por mim
cortando, rasgando e ammassando
sem me conhecer, acreditanto na minha existencia e o meu apreciamento
assim como se offerta para um deus presuposto
um deus distraido como eu
mandante inconsciente desse horror
para mim tudo isso so chegarà amanha
numa eufemistica embalagem
acompanhada pelo sorriso malicioso
de uma mulher que trabalha no caixa
minha impune complice
nesse crime montado pela mafia humana
logo depois
como se ainda nao fosse bastante
exercitarei a ultima crueldade
deixando para as vitimas
umas ultimas horas de vana esperança
na gelida suspense
da minha geladeira
vida e esperança,
amor, luta, despero e morte
estao acontecendo agora
longe de mim
tem alguem la fora matando por mim
cortando, rasgando e ammassando
sem me conhecer, acreditanto na minha existencia e o meu apreciamento
assim como se offerta para um deus presuposto
um deus distraido como eu
mandante inconsciente desse horror
para mim tudo isso so chegarà amanha
numa eufemistica embalagem
acompanhada pelo sorriso malicioso
de uma mulher que trabalha no caixa
minha impune complice
nesse crime montado pela mafia humana
logo depois
como se ainda nao fosse bastante
exercitarei a ultima crueldade
deixando para as vitimas
umas ultimas horas de vana esperança
na gelida suspense
da minha geladeira
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Adaa e Evo.
A mente dos homens è regulada de uma funçao logica que se chama "or", pela qual basta que so uma coisa esteja boa que tudo esta bem.
A mulher nao, a mulher è regulada pela funçao "and" basta que uma so coisa esteja mal que tudo esta mal.
Se demonstra como a funçao "and" junto com a funçao "not" sao capazes de compor todas as outras funçoes.
Algebricamente falando è homem que vem da custela da mulher.
A mulher nao, a mulher è regulada pela funçao "and" basta que uma so coisa esteja mal que tudo esta mal.
Se demonstra como a funçao "and" junto com a funçao "not" sao capazes de compor todas as outras funçoes.
Algebricamente falando è homem que vem da custela da mulher.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Juicer Walita.
A cultura è um Juicer Walita, com ela da para fazer um monte de coisas, da para entender o mundo, da para conquistar mulheres, da para ganhar dinheiro, da para dar risadas e no final entender que voce podia ate viver sem ela.
Satisfaçao garantida ou seu dinheiro de volta! Ligue Agora!
Satisfaçao garantida ou seu dinheiro de volta! Ligue Agora!
A Ponte.
Um poeta è um construtor de pontes.
As pontes que nos colligam com nos mesmo.
Pontes nao tem curvas.
As pontes que nos colligam com nos mesmo.
Pontes nao tem curvas.
Gripe.
Amor egoista de um virus, que invade suas cellulas dançando com seus elementos vitais para apostar com o futuro a sua propria existencia, deixando voce em pagamento.
O Livre Arbitrio.
O livre arbitrio nao existe. Mesmo existendo, ele seria uma humiliaçao, teremos so a possibilidade de escolher entre um pacote de possibilidades, o mesmo ridiculo poder que se da para um partecipante de um quiz televisivo, um jogo absolutamente sadico transmitido por uma televisao ruim. Entao eu prefiro ser mesmo uma maquina, ser so uma parte do grande mecanismo, e nao uma perdida ilha decisional. O mecanismo è amor, indissoluvel amor.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
domingo, 24 de maio de 2009
Un Abbraccio.
affogano
tutte le parole
volgendo su loro stesse
in una onda che si frange
sulla terra ferma di un abbraccio.
tutte le parole
volgendo su loro stesse
in una onda che si frange
sulla terra ferma di un abbraccio.
Un Momento.
cercavo
disperatamente
di stracciare in quel momento
quel momento
dal gorgo del tempo
per fuggire
con te
nell'eternità insubordinata
di un infinito senza tempo.
disperatamente
di stracciare in quel momento
quel momento
dal gorgo del tempo
per fuggire
con te
nell'eternità insubordinata
di un infinito senza tempo.
La tua Assenza.
io sono
lo spazio vuoto
che dà eco alla tua assenza
esteso quanto la speranza del tuo ritorno
per incontrarti, finalmente
al di là dell'impossibile.
lo spazio vuoto
che dà eco alla tua assenza
esteso quanto la speranza del tuo ritorno
per incontrarti, finalmente
al di là dell'impossibile.
Nao Perecivel.
Estou incomodado em ver como uma ideia è geralmente bem perecivel, para mim. As vezes nao demora mais de um segundo para algo me parecer ja obsoleto. Me pergunto onde pode me levar esse tempo acelerado da minha mente, mesmo sendo fascinado por esse movimento rapido sinto a necessidade de dar uma parada, encontrar algo que possa me dar um descanso, mesmo que seja so o aroz e feijao da arte.
sábado, 23 de maio de 2009
Envelhecer.
Significa sem duvida deixar de fazer de forma irreversivel uma serie de coisas, como por exemplo correr os 100 metros em 11.08.
Isso nao esta mais ao meu alcance mas tambem nessa epoca nao estava no meu alcance uma serie de coisas que estao hoje.
A vida è possibilidade. Quem esta morto nao tem mais a possibilidade de respirar, correr, abraçar, amar, beber ou olhar, pelo menos eu acho.
Portanto se a vida è probabilidade, maiores probabilidades teremos que se verifiquem eventos desejados e mais seremos vivos.
Analiticamente o grau de vitalidade pode ser expresso como funçao da somatoria das probabilidades que cada evento tenha para nos vezes a importancia que atribuimos a cadaum dele.
Nesse caso o envelhecimento, inteso como fenomeno puramente cronologico e biologico, nao è mais a dimensao absoluta para a misuraçao da vida.
Isso nao esta mais ao meu alcance mas tambem nessa epoca nao estava no meu alcance uma serie de coisas que estao hoje.
A vida è possibilidade. Quem esta morto nao tem mais a possibilidade de respirar, correr, abraçar, amar, beber ou olhar, pelo menos eu acho.
Portanto se a vida è probabilidade, maiores probabilidades teremos que se verifiquem eventos desejados e mais seremos vivos.
Analiticamente o grau de vitalidade pode ser expresso como funçao da somatoria das probabilidades que cada evento tenha para nos vezes a importancia que atribuimos a cadaum dele.
Nesse caso o envelhecimento, inteso como fenomeno puramente cronologico e biologico, nao è mais a dimensao absoluta para a misuraçao da vida.
"Eu".
Tenho interesse para tudo menos que para mim mesmo.
Me sinto como um mecanismo onde entram informaçoes, que puxam outras, que se misturam, se rasgam e se ricompoem para ser jogadas novamente de fora.
Sou um processo, sem nenhum livre arbitrio, um boneco reciclavel baseado no carbonio, um sistema fragil, que pode entrar rapidamente em decompociçao.
Nao sei onde inicio e onde acabo, nao consiguo e nao me interessa definir o limite que deveria ser eu. Uso o condicional mesmo porque Descartes estava enganado quando afirmava "cogito ergo sum", as coisas nao sao tao simples como ele pensava.
Odeio falar de mim, pensar que tenho algum merito de fazer ou ter feito algo, de receber elogios, de tirar foto, de fazer a barba, de pentiar o cabelo, de comprar roupa, de colocar um sapato novo ou de me preocupar com a minha conta no banco. Eu sou simplismente um acontecimento, o resto è so congetura.
Eu faço parte de tudo e tudo faz parte de mim, parte de mim ja esta em outras pessoas e parte de outras pessoas estao em mim, somos so um fluxo, um fluxo que nao tem como fechar em duas letras.
Me sinto como um mecanismo onde entram informaçoes, que puxam outras, que se misturam, se rasgam e se ricompoem para ser jogadas novamente de fora.
Sou um processo, sem nenhum livre arbitrio, um boneco reciclavel baseado no carbonio, um sistema fragil, que pode entrar rapidamente em decompociçao.
Nao sei onde inicio e onde acabo, nao consiguo e nao me interessa definir o limite que deveria ser eu. Uso o condicional mesmo porque Descartes estava enganado quando afirmava "cogito ergo sum", as coisas nao sao tao simples como ele pensava.
Odeio falar de mim, pensar que tenho algum merito de fazer ou ter feito algo, de receber elogios, de tirar foto, de fazer a barba, de pentiar o cabelo, de comprar roupa, de colocar um sapato novo ou de me preocupar com a minha conta no banco. Eu sou simplismente um acontecimento, o resto è so congetura.
Eu faço parte de tudo e tudo faz parte de mim, parte de mim ja esta em outras pessoas e parte de outras pessoas estao em mim, somos so um fluxo, um fluxo que nao tem como fechar em duas letras.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Cade a Camisa?!
Pensando com metodo cientifico podemos avançar a ipotese que nos social networks (orkut, facebook e similares) o esquentamento global ja esteja numa fase mais avançada que no mundo real. A maioria das pessoas ja tirou a camisa, de qualquer cidade a pessoa seja voce ve que esta na praia, sinal evidente que as aguas ja invadiram ate as areas continentais.
Mas apesar do cenario ser catastrofico ninguem parece estar preocupado, todo o mundo esta segurando um copo com uma bebida alcolica de um lado, passando o outro braço em volta de um amigo/a, abrindo os dedos da mao a formar um apocalipticamente idiota "V".
O que serà esse "V"? V de Vitoria? Entao eu logo me pergunto qual serà a identidade do perdente, as razoes da batalha e o cenario que esse evento historico significarà para a humanidade.
Mas acompanhando a teoria dos universos parallelos eu escolho de me encaixar do outro lado, acompanhando aqueles poucos cientistas que afirma que na verdade a coisa mais provavel è uma mini era glacial, portanto nos sites de relacionamento escolho me apresentar com roupa.
Vou cubrindo o meu corpo com varios estratos de roupa, a roupa è a materializaçao da minha weltanschaung, oferecendo alem do meu corpo tambem a minha mente. Essa é a verdadeira ousadia, colocar aquilo que temos de mais profundo na superficie, um avesso da nossa pessoa. Eu acho fantastico ver uma mulher com roupa, logo me revela quem è , e eu logo tomo a minha decisao. E' pornografia absoluta, se dar imediatamente, sem reserva.
Ao contrario, uma pessoa pelada è leteralmente paralizante, voce nao tem mais um sistema cartesiano para orientar a sua açao, nao tem mais pontos cardinais para voce traçar uma rota, a pessoa nao abre nehum dialogo, regressa para um estado primario onde nao existe a linguagem.
Portanto a roupa nao è o anulamento do corpo mas o contrario. A roupa para mim è um carpaccio, aquele antipasto que voce consome para estimular a fome antes de chegar ao prato principal. Com a roupa nao se esconde, com a roupa se revela e se faz tudo isso num dialogo a dois, onde cada movimento vale um passo ate a profundez, numa aproximaçao progressiva para uma nudez multidimensional.
Mas apesar do cenario ser catastrofico ninguem parece estar preocupado, todo o mundo esta segurando um copo com uma bebida alcolica de um lado, passando o outro braço em volta de um amigo/a, abrindo os dedos da mao a formar um apocalipticamente idiota "V".
O que serà esse "V"? V de Vitoria? Entao eu logo me pergunto qual serà a identidade do perdente, as razoes da batalha e o cenario que esse evento historico significarà para a humanidade.
Mas acompanhando a teoria dos universos parallelos eu escolho de me encaixar do outro lado, acompanhando aqueles poucos cientistas que afirma que na verdade a coisa mais provavel è uma mini era glacial, portanto nos sites de relacionamento escolho me apresentar com roupa.
Vou cubrindo o meu corpo com varios estratos de roupa, a roupa è a materializaçao da minha weltanschaung, oferecendo alem do meu corpo tambem a minha mente. Essa é a verdadeira ousadia, colocar aquilo que temos de mais profundo na superficie, um avesso da nossa pessoa. Eu acho fantastico ver uma mulher com roupa, logo me revela quem è , e eu logo tomo a minha decisao. E' pornografia absoluta, se dar imediatamente, sem reserva.
Ao contrario, uma pessoa pelada è leteralmente paralizante, voce nao tem mais um sistema cartesiano para orientar a sua açao, nao tem mais pontos cardinais para voce traçar uma rota, a pessoa nao abre nehum dialogo, regressa para um estado primario onde nao existe a linguagem.
Portanto a roupa nao è o anulamento do corpo mas o contrario. A roupa para mim è um carpaccio, aquele antipasto que voce consome para estimular a fome antes de chegar ao prato principal. Com a roupa nao se esconde, com a roupa se revela e se faz tudo isso num dialogo a dois, onde cada movimento vale um passo ate a profundez, numa aproximaçao progressiva para uma nudez multidimensional.
Os Palavroes.
Pessoalmente sou contra o uso indiscriminado de palavroes na conversa comun (po..., ca..., fod..., e outras). Sou contra nao por causa de um injustificado puritanismo linguistico mas por uma serie de razoes:
1) porque isso me soa muito como uma maneira de tampar falhas de significado com palavras multifuncionais como os palavroes.
E' bem simples, para dar cor e força a frase vc joga uma serie de palavroes, uma operaçao de maquiagem de baixo nivel. E' uma maneira de encher um vazio com um outro vazio, um vazio pintado, como um sofà de plastica inchado.
2) usar indiscriminadamente palavroes é uma forma de disonestidade intelectual, pois nao se admite a propria incapazidade de encontrar as peças certas do puzzle que constroe a frase, isso me soa tambem como uma pigriça do falante, que carrega o custo do significado em cima do interpretante, pois serà esse ultimo que deverà tentar enteder e se organizar com aqueles poucos elementos concretos que o falante repassou para ele.
3) usar palvroes è viciante, cria dependencia. Depois um tempo o palavrao te domina, nao è mais voce que constroe a frase e que escolhe as palavras, mas serà ele que escolhe voce, parassitando cada seu discurso, impedindo o crescimento de qualquer forma de vida signicante;
4) os palavores criam assuefaçao, depois um tempo eles perdem aquela força inicial que tinham inicialmente, portanto precisa-se colocar mais, com o risco de entrar numa overdose que matarà completamente a sua capacidade linguistica.
No final, a inflaçao gerada pelo uso indiscrimado de palavroes gera o problema de nao poder mais usar um palavrao quando realmente se torna necessario, è a mesma coisa de quando se faz uso indiscrimado de antibiotico, tem o risco de nao conseguir mais matar uma determinada situaçao com um palavrao. Portanto o risco è aquele de vanificar essa poderosa arma linguistica, que deveria ser usada so sob prenscriçao medica.
Concluindo, suas merdas, parem de usar essa porra de palavroes! Caralhooooo!
1) porque isso me soa muito como uma maneira de tampar falhas de significado com palavras multifuncionais como os palavroes.
E' bem simples, para dar cor e força a frase vc joga uma serie de palavroes, uma operaçao de maquiagem de baixo nivel. E' uma maneira de encher um vazio com um outro vazio, um vazio pintado, como um sofà de plastica inchado.
2) usar indiscriminadamente palavroes é uma forma de disonestidade intelectual, pois nao se admite a propria incapazidade de encontrar as peças certas do puzzle que constroe a frase, isso me soa tambem como uma pigriça do falante, que carrega o custo do significado em cima do interpretante, pois serà esse ultimo que deverà tentar enteder e se organizar com aqueles poucos elementos concretos que o falante repassou para ele.
3) usar palvroes è viciante, cria dependencia. Depois um tempo o palavrao te domina, nao è mais voce que constroe a frase e que escolhe as palavras, mas serà ele que escolhe voce, parassitando cada seu discurso, impedindo o crescimento de qualquer forma de vida signicante;
4) os palavores criam assuefaçao, depois um tempo eles perdem aquela força inicial que tinham inicialmente, portanto precisa-se colocar mais, com o risco de entrar numa overdose que matarà completamente a sua capacidade linguistica.
No final, a inflaçao gerada pelo uso indiscrimado de palavroes gera o problema de nao poder mais usar um palavrao quando realmente se torna necessario, è a mesma coisa de quando se faz uso indiscrimado de antibiotico, tem o risco de nao conseguir mais matar uma determinada situaçao com um palavrao. Portanto o risco è aquele de vanificar essa poderosa arma linguistica, que deveria ser usada so sob prenscriçao medica.
A minha Mulher.
a minha mulher
eu desconheço
mas mesmo assim
eu a encontro
onde a minha ampla solidao
desborda na dela em algum lugar
numa pororoca sem carteira de identitade
eu desconheço
mas mesmo assim
eu a encontro
onde a minha ampla solidao
desborda na dela em algum lugar
numa pororoca sem carteira de identitade
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Depois um tempo.
Depois um tempo
cada texto se torna a escoria de uma combustao
me pergunto aonde foi o calor que queimou a minha alma
se pelomenos consegui esquentar as maos frias de alguem
nesse inverno que so acaba
na primavera do teu sorriso
cada texto se torna a escoria de uma combustao
me pergunto aonde foi o calor que queimou a minha alma
se pelomenos consegui esquentar as maos frias de alguem
nesse inverno que so acaba
na primavera do teu sorriso
No meio.
Talvez eu precise ser um mediocre.
Como mediocre eu poderia rolar no fluxo da vida
chegar onde as folhas mortas chegam.
Talvez como mediocre eu poderia ser mastigado, engolhido e digerido.
Mas eu estou aqui, suspeso, entre a terra e o ceu,
preso numa colina de uma vasta planicie
abrigo para pensamentos voadores
largo e forte como uma arvore ilhada
daquelas que as vacas usam so a sombra
no meio do pasto.
Como mediocre eu poderia rolar no fluxo da vida
chegar onde as folhas mortas chegam.
Talvez como mediocre eu poderia ser mastigado, engolhido e digerido.
Mas eu estou aqui, suspeso, entre a terra e o ceu,
preso numa colina de uma vasta planicie
abrigo para pensamentos voadores
largo e forte como uma arvore ilhada
daquelas que as vacas usam so a sombra
no meio do pasto.
Dimenticare.
dimenticare è
il sonno ristoratore
per saltare la notte
ed arrivare sino al mattino
affinché il nostro bambino
e il giorno
aprino gli occhi
all'unisono.
il sonno ristoratore
per saltare la notte
ed arrivare sino al mattino
affinché il nostro bambino
e il giorno
aprino gli occhi
all'unisono.
Disperdiçar.
esqueça o efimero das gotas
bastarei sozinho para satisfazer sua sede
de mim poderà tomar
a agua necessaria
para afogar os desejos que te suffocam.
bastarei sozinho para satisfazer sua sede
de mim poderà tomar
a agua necessaria
para afogar os desejos que te suffocam.
Quanto vale uma ajuda?
vale quanto valem os meus limites
para compensar os seus
um diferencial impercetivel
se comparado ao desejado,
assim aparece a separaçao
aberta entre a nossa vontade e a nossa possibilidade.
Portanto faço o que poder
esquecendo o maximo absoluto
o meu metro agora è a sua necessidade
nao preciso ser onipotente
nao preciso ser oniciente
nao preciso ser Deus
e Deus nao existe.
para compensar os seus
um diferencial impercetivel
se comparado ao desejado,
assim aparece a separaçao
aberta entre a nossa vontade e a nossa possibilidade.
Portanto faço o que poder
esquecendo o maximo absoluto
o meu metro agora è a sua necessidade
nao preciso ser onipotente
nao preciso ser oniciente
nao preciso ser Deus
e Deus nao existe.
Reencontro.
Ontem me reencontrei,
que prazer,
tinha me perdido a tempo
numa tediosa espera
de uma sala vazia, sem espelhos
e sem revistas bobas para enganar o tempo.
que prazer,
tinha me perdido a tempo
numa tediosa espera
de uma sala vazia, sem espelhos
e sem revistas bobas para enganar o tempo.
Para quem eu falo?
Para quem eu falo? Se nao para mim? Tem vida alem de mim? Tem mas é uma vida que è para mim desconhecida e que me desconhece. Mesmo me desconhecendo, eu posso tentar costruir uma fala comigo, construir uma verdade incofutavel porque alem de mim nao existem afirmaçoes que a possam sinalizar como ilusao. Eu sou o meu universo, e aprendi que com as palavras posso criar e destruir, tenho liberdade absoluta no espaço da prisao que eu sou.
L'italiano.
l'italiano è ormai per me la lingua pura del pensiero.
Mi sono disabituato alla sua utilizzazione a scopo comunicativo.
Pertanto, la userò solo per parlare a me stesso.
Con l'italiano mi incontro, con il portoghese mi scontro.
Mi sono disabituato alla sua utilizzazione a scopo comunicativo.
Pertanto, la userò solo per parlare a me stesso.
Con l'italiano mi incontro, con il portoghese mi scontro.
Abandono.
Eu nao te abandono
mesmo que eu possua so fragilidade e miseria
me tornarei um Deus de limitada potencia
e de infinita coragem.
E a minha coragem serà uma pedra
onde batendo se quabrarao as estupidez
de um universo que ainda nao te reconheceu a imortalidade.
mesmo que eu possua so fragilidade e miseria
me tornarei um Deus de limitada potencia
e de infinita coragem.
E a minha coragem serà uma pedra
onde batendo se quabrarao as estupidez
de um universo que ainda nao te reconheceu a imortalidade.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Nascimento.
Para cada texto existe um escritor, è o texto que cria o escritor e nao viceversa. Quando respondo para um texto eu estou respondendo para aquela especifica pessoa que nasceu e viveu naquele texto, tudo aquilo que è alem do texto è pura metafisica.
Scrivere.
Scrivere è una forma di cannibalismo, prendiamo parti di noi stessi e le aromatiziamo prima di poterle ingerire di nuovo.
Perché "una nuvola"?
Una nuvola è il risultato della condensazione del vapore acqueo intorno a delle impurità.
Le mie impurità sono le parole, i pensieri.
Un nuvola è in continuo condensarsi e discondensarsi, si riempe e si vuota, è il risultato di migliaia di trasformazioni sincroniche che ne cambiano la forma e la posizione.
Una nuvola è grande, ma rimane miracolosamente sospesa nel cielo, è fragile ma allo stesso tempo indistruttibile, vicino agli aeroporti la osservo mentre si lascia attraversare da un aereo senza smuoversi. E' bianca, candida, arriva dove non arriviamo, vola sopra di noi, non sappiamo da dove viene e non sappiamo dove va. A volte ci nasconde il sole e volte lo rivela. A volte si oltremisura, inaspettamente, si arrabbia ed inizia a pensare a borbottare e allora libera energia, una grande energia, capace di restituire chiarezza alla notte.
Le mie impurità sono le parole, i pensieri.
Un nuvola è in continuo condensarsi e discondensarsi, si riempe e si vuota, è il risultato di migliaia di trasformazioni sincroniche che ne cambiano la forma e la posizione.
Una nuvola è grande, ma rimane miracolosamente sospesa nel cielo, è fragile ma allo stesso tempo indistruttibile, vicino agli aeroporti la osservo mentre si lascia attraversare da un aereo senza smuoversi. E' bianca, candida, arriva dove non arriviamo, vola sopra di noi, non sappiamo da dove viene e non sappiamo dove va. A volte ci nasconde il sole e volte lo rivela. A volte si oltremisura, inaspettamente, si arrabbia ed inizia a pensare a borbottare e allora libera energia, una grande energia, capace di restituire chiarezza alla notte.
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