sexta-feira, 22 de maio de 2009

Cade a Camisa?!

Pensando com metodo cientifico podemos avançar a ipotese que nos social networks (orkut, facebook e similares) o esquentamento global ja esteja numa fase mais avançada que no mundo real. A maioria das pessoas ja tirou a camisa, de qualquer cidade a pessoa seja voce ve que esta na praia, sinal evidente que as aguas ja invadiram ate as areas continentais.

Mas apesar do cenario ser catastrofico ninguem parece estar preocupado, todo o mundo esta segurando um copo com uma bebida alcolica de um lado, passando o outro braço em volta de um amigo/a, abrindo os dedos da mao a formar um apocalipticamente idiota "V".

O que serà esse "V"? V de Vitoria? Entao eu logo me pergunto qual serà a identidade do perdente, as razoes da batalha e o cenario que esse evento historico significarà para a humanidade.

Mas acompanhando a teoria dos universos parallelos eu escolho de me encaixar do outro lado, acompanhando aqueles poucos cientistas que afirma que na verdade a coisa mais provavel è uma mini era glacial, portanto nos sites de relacionamento escolho me apresentar com roupa.

Vou cubrindo o meu corpo com varios estratos de roupa, a roupa è a materializaçao da minha weltanschaung, oferecendo alem do meu corpo tambem a minha mente. Essa é a verdadeira ousadia, colocar aquilo que temos de mais profundo na superficie, um avesso da nossa pessoa. Eu acho fantastico ver uma mulher com roupa, logo me revela quem è , e eu logo tomo a minha decisao. E' pornografia absoluta, se dar imediatamente, sem reserva.

Ao contrario, uma pessoa pelada è leteralmente paralizante, voce nao tem mais um sistema cartesiano para orientar a sua açao, nao tem mais pontos cardinais para voce traçar uma rota, a pessoa nao abre nehum dialogo, regressa para um estado primario onde nao existe a linguagem.

Portanto a roupa nao è o anulamento do corpo mas o contrario. A roupa para mim è um carpaccio, aquele antipasto que voce consome para estimular a fome antes de chegar ao prato principal. Com a roupa nao se esconde, com a roupa se revela e se faz tudo isso num dialogo a dois, onde cada movimento vale um passo ate a profundez, numa aproximaçao progressiva para uma nudez multidimensional.

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